O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta sexta-feira (16) que a inflação brasileira deverá cair em torno de dois pontos percentuais até abril do ano que vem, em linha com o objetivo do BC de atingir 4,5% em 2012, patamar que representa o centro da meta estabelecida pelo governo.

De acordo com Tombini, o BC já nota uma moderação no ritmo de atividade da economia, reflexo tanto das medidas adotadas pelo governo quanto da piora nas previsões de crescimento econômico global, o que ajuda no processo de combate à alta dos preços.
Crescimento a ser revisado
A projeção do BC para o crescimento da economia em 2011, que era de 4%, será revisada no próximo relatório de inflação, que será divulgado no fim de setembro.
A projeção do BC para o crescimento da economia em 2011, que era de 4%, será revisada no próximo relatório de inflação, que será divulgado no fim de setembro.
"Vamos revisar o crescimento para 2011 agora no final do mês, nossa projeção anterior de 4%, isso será revisado por conta do relatório de inflação que será publicado no final deste mês", disse.
Choques de curto prazo
Tombini afirmou também que a recente alta do preço da carne se deve a questões sazonais e que, dado o ritmo mais lento de expansão da economia, não deve se propagar de maneira tão rápida. "A ideia é que esses choques (de preços) que estamos vivendo no momento tenham uma curta duração".
Tombini afirmou também que a recente alta do preço da carne se deve a questões sazonais e que, dado o ritmo mais lento de expansão da economia, não deve se propagar de maneira tão rápida. "A ideia é que esses choques (de preços) que estamos vivendo no momento tenham uma curta duração".
Previu também que, mesmo em um cenário de menos crescimento econômico mundial, o preço das commodities deve subir menos do que no segundo semestre de 2010, quando acumulou alta de 40%. "Mas em momento nenhum falamos em deflação no preço das commodities", afirmou.
Ajustes nos juros
Ainda segundo Tombini, o BC continuará a ajustar sua política monetária de acordo com a evolução do quadro internacional. Em agosto, o BC surpreendeu o mercado ao baixar os juros básicos da economia de 12,50% para 12% ao ano, com base em uma reavaliação do cenário internacional.
Ainda segundo Tombini, o BC continuará a ajustar sua política monetária de acordo com a evolução do quadro internacional. Em agosto, o BC surpreendeu o mercado ao baixar os juros básicos da economia de 12,50% para 12% ao ano, com base em uma reavaliação do cenário internacional.
"Certamente esse menor crescimento da economia global tem impacto em todas as economias, inclusive no país, e isso tem que ser levado em consideração no momento de ajustar as políticas, no caso a nossa política monetária".
Efeitos da crise
Para Tombini, os desdobramentos da situação econômica internacional são imprevisíveis, mas a estimativa é de que haja redução nas perspectivas de crescimento mundial nos próximos dois anos.
Para Tombini, os desdobramentos da situação econômica internacional são imprevisíveis, mas a estimativa é de que haja redução nas perspectivas de crescimento mundial nos próximos dois anos.
“Temos uma situação internacional hoje delicada, mas (...) hoje o Brasil está melhor preparado do que estava em 2008, quando nos saímos bem da crise. As nossas políticas, a política do Banco Central, continuará sendo ajustada no futuro diante do quadro internacional, temos que acompanhar a evolução também. Os desdobramentos neste momento são imprevisíveis, temos uma visão geral de que significa uma redução nas perspectivas de crescimento nos próximos dois anos”, disse.
De acordo com Tombini, a expectativa é de que a redução do crescimento das principais economias represente cerca de 25% da retração observada no “agudo da crise de 2008”, quando, segundo o presidente do BC, houve uma reversão de cinco pontos no crescimento da economia global.
Crédito imobiliário
No evento do Secovi, o presidente do BC afirmou que o crédito imobiliário cresce a taxas elevadas, mas em ritmo "sustentável", e que deve chegar a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) na próxima década. Atualmente, segundo ele, o setor representa 5% da economia brasileira.
No evento do Secovi, o presidente do BC afirmou que o crédito imobiliário cresce a taxas elevadas, mas em ritmo "sustentável", e que deve chegar a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) na próxima década. Atualmente, segundo ele, o setor representa 5% da economia brasileira.
FONTE: G1
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