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sábado, 3 de setembro de 2011

Dinheiro - Empreendedorismo | O patrão é você.


Descubra como tirar seu sonho do papel, conseguir dinheiro para montar uma empresa e se tornar um empreendedor de sucesso.



Já pensou em deixar a vida corporativa para montar uma empresa? Se sua resposta é "sim", saiba que não está sozinho. Atualmente, 21 milhões de brasileiros estão à frente do próprio negócio, segundo a Global Entrepreneurship Monitor (GEM), pesquisa internacional sobre a evolução do empreendedorismo em todo o mundo. É o maior contingente de novos patrões no país desde o início do levantamento, feito há 11 anos.E qual é a motivação de toda essa gente? Apenas 24% alegam a falta de outra opção de renda como razão para criar uma empresa. Com a economia em ebulição, 76% dos empreendedores acreditam ter garimpado uma boa oportunidade de ganhar dinheiro, ter horários flexíveis e ser, de fato, donos do próprio nariz. Ainda assim, muitos vão sucumbir às agruras da falência. De acordo com o Sebrae-SP, 58% das companhias paulistas fecham as portas antes de completar cinco anos de existência.É uma taxa preocupante, embora bem menor que os 71% registrados no começo da década. Para ficar fora da turma que vai dar adeus ao sonho da empresa própria em curto prazo, os especialistas são unânimes ao insistir que é preciso buscar um negócio diferenciado dos que já existem no mercado. Poucas pessoas, porém, seguem esse conselho básico e fundamental. Segundo dados do GEM, apenas 7,5% dos empreendedores brasileiros consideram que seu produto é uma nova oferta para os consumidores.A ausência de criatividade na hora de empreender tem explicação. na avaliação de Marcos Simões, gerente da Endeavor (entidade de apoio ao empreendedorismo), é comum que os empresários tentem reproduzir à risca modelos de negócios com sucesso já comprovado. O problema é que, ao oferecer mais do mesmo, as companhias amargam com a alta concorrência e com as magras margens de lucro. Por isso, aos mais afobados o especialista recomenda: "Antes de deixar o emprego, é importante dedicar um bom tempo à identificação e ao planejamento de um negócio diferente, de preferência difícil de ser copiado".A inovação não precisa vir apenas de novos produtos. novas formas de produção, cobrança, vendas, atendimento ou de identificação do públicoalvo também podem garantir o ingresso no time dos empreendedores bem-sucedidos. Seja como for, é impossível criar outras práticas de negócios sem conhecer as já adotadas na praça (saiba como fazer no site do Sebrae-SP). e, também nesse quesito, muitos aspirantes deixam a desejar.Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae-SP, 45% dos empresários paulistas montaram seu empreendimento sem informações sobre as características da futura clientela. e 30% não se deram ao trabalho nem de analisar a concorrência. Para não cair no mesmo erro, vale a pena esmiuçar essas informações em um plano de negócios. O documento também tem outras vantagens. Por trazer projeções de receitas e despesas, pode se tornar grande aliado na administração do fluxo de caixa — outro ponto fraco de muitos empreendimentos."As companhias podem até sobreviver sem lucro, mas não sobrevivem sem caixa", diz marcos Hashimoto, coordenador do Centro de empreendedorismo do insper (ex-ibmec-SP). Se você tem até 100 000 reais para criar uma empresa, conheça quais são as principais alternativas de financiamento e os riscos de um negócio novo, e aprenda a enfrentar as ciladas que surgem na vida de quem vira o próprio patrão.

Seu futuro na rede. 

Uma opção nova de negócio que vem crescendo nos últimos anos é o comércio pela internet. Cerca de 27 milhões de brasileiros já fizeram compras pela rede mundial de computadores pelo menos uma vez na vida. no ano passado, essas transações somaram 14,8 bilhões de reais — 40% a mais do que o faturamento do comércio online no ano anterior. em 2011, a cifra deve crescer mais 30%, segundo projeções da e-bit, empresa especializada no fornecimento de informações sobre o segmento.Junte a tudo isso o fato de que montar um negócio virtual sai mais barato do que abrir uma empresa convencional. Pronto. não é de estranhar que a rede mundial de computadores atraia tantos empreendedores. A plataforma, no entanto, tem suas armadilhas. "do mesmo jeito que é fácil abrir um negócio na web, também é fácil para muitos outros", adverte marcos Hashimoto, do insper.Pior ainda se a concorrência é formada por gigantes no mercado, com cacife para anunciar mais e cobrar menos. na avaliação de Gerson rolim, consultor da Câmara Brasileira de Comércio eletrônico, a saída para as pequenas empresas está nos nichos de mercado. "é preferível oferecer todas as variedades de determinado produto a vender, sem competitividade, um pouco de tudo", diz. na fórmula do sucesso dos negócios na rede, outro ingrediente obrigatório são as ações de marketing."Montar uma empresa online sem divulgação é o mesmo que abrir uma loja no 14o andar de um prédio sem movimento", compara Alexandre Umberti, diretor de marketing e produtos da e-bit. Na corrida por visibilidade, vale apostar em estratégias para garantir bom posicionamento nas buscas do Google, por meio do Search engine Optimization (SeO), e investir na compra de links patrocinados, acionados por palavras-chave. O twitter, o Facebook e outras redes sociais também podem ajudar a promover a empresa diretamente com os públicos de interesse.

Dinheiro bem-vindo 

Se você está sem dinheiro, pode recorrer aos investidores-anjo. Corriqueiros nos estados Unidos, eles começam a pôr as asas para fora no Brasil e estão em busca de empresas, recém-nascidas ou ainda no papel, com potencial de crescimento. essa turma de endinheirados quer adquirir participação minoritária nas companhias que estão nascendo para vendê-las alguns anos mais tarde com ganhos polpudos.Há no país pelo menos três grupos estruturados: São Paulo Anjos, da capital paulista, o Gávea Angels, do Rio, e o Floripa Angels, de Florianópolis. Eles reúnem empresários e executivos dispostos a injetar até 1 milhão de reais (ou 1,5 milhão de reais no caso do São Paulo Anjos) em novas empresas. Interessouse? Saiba que sobra rigor na seleção dos escolhidos para investimentos."Buscamos produtos ou processos inovadores, com condição de crescer sem grande aumento de custos", diz Cassio Spina, diretor da São Paulo Anjos. Seu colega da Gávea Angels, Antonio Botelho, diz que pesa na seleção a facilidade de saída dos sócios capitalistas. Só passam pelo funil dos investidores-anjo empresas com boas perspectivas de venda total ou parcial. Entre os potenciais compradores estão companhias que atuam no mesmo setor, fundos de venture capital ou mesmo outros sócios.Para os empreendimentos ainda inexistentes, a exigência é uma amostra do futuro produto ou serviço. Em tempo: para fisgar um aporte, é preciso de disposição para compartilhar a gestão do negócio — bom para empreendedores que procuram orientação, mas um tiro no pé para os avessos à interferência alheia. "Os sócios capitalistas participam da definição da equipe e das estratégias do negócio", afirma Marcelo Cazado, diretor executivo do Floripa Angels.

Sua grana vira empresa 

Foi com dinheiro próprio que 83% dos empresários tiraram seu negócio do papel, segundo estudo realizado pelo Sebrae-SP. Livres de dívidas, essa turma ganha fôlego para enfrentar os contratempos financeiros comuns às empresas novatas. Mas nem sempre fugir dos bancos é a melhor opção.Quando possível, pode valer a pena financiar parte do investimento inicial com linhas vantajosas, como as do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger). Essa estratégia possibilita poupar parte do capital próprio para cobrir imprevistos. Assim, você evita os financiamentos de capital de giro, que, com juros médios na casa de 60% ao ano, deixam muitos empreendimentos na lona.


A equipe é um Patrimônio

Com 80 000 reais, o publicitário Gustavo Borja e o engenheiro Sérgio Oliveira, ambos de 35 anos, fundaram o site de compras coletivas Citybest em março de 2010 e, no fim do ano, a dupla faturou 1 milhão de reais. Até o fim de 2011, a previsão é que a receita atinja 20 milhões de reais, dos quais 10% virão da recémlançada operação em Portugal. A empresa vai investir 4 milhões de reais em publicidade, entrar em 20 novas cidades e aumentar a equipe, que hoje tem 47 funcionários em Belo Horizonte e 80 representantes de vendas no país.A dupla trouxe a ideia dos Estados Unidos. O consumidor paga ao site apenas uma parte do valor do cupom de oferta, parcela equivalente à comissão do Citybest, de 35%, em média. O restante é pago no estabelecimento responsável pela venda. No modelo tradicional, o cliente paga tudo ao site, que repassa o dinheiro ao vendedor em até 60 dias. No início do negócio, os empresários cometeram erros básicos: faziam dupla jornada e não contratavam certo.
"Escolhi os primeiros funcionários sem muito critério e acabei demitindo alguns na primeira semana de emprego", diz Gustavo. Ficou a lição: "Uma startup não pode negligenciar a formação da equipe, que é seu maior patrimônio", diz o publicitário.

Como criar um plano de negócios 

A elaboração do plano de negócios ajuda — e muito — a iniciar a vida de empresário com o pé direito. Fica mais fácil analisar a viabilidade da empreitada, definir estratégias e acompanhar as metas traçadas. O plano também contribui na busca de recursos de investidores e, conforme o caso, na obtenção de financiamento bancário. Responda às perguntas abaixo e trace o seu

1 - Conceito • Qual é meu produto ou serviço? • Quais são seus diferenciais e vantagens competitivas? • Que problema dos consumidores vou resolver? • Qual será minha fonte de receita
• Quais são os riscos envolvidos no negócio?
2 - Mercado • Qual é meu mercado-alvo? • Quais são as características dos meus consumidores? • Com que frequência vão comprar meu produto ou serviço? • Quem são meus atuais e futuros concorrentes? 
• Quais são seus pontos fortes e fracos?
3 - Marketing • Qual é minha estratégia de divulgação, vendas e distribuição? • Quais serão os investimentos em marketing? • Qual é o foco geográfico das vendas? 
• Haverá suporte ao consumidor? Como será feito?
4 - Equipe • Qual será minha equipe? Qual será sua remuneração? • Quem serão meus sócios? 
• Como contribuirão para a empreitada?
5 - Finanças • Qual será o investimento inicial? • Qual é o prazo previsto para o retorno do investimento? • Depois de montada a empresa, quais serão os investimentos necessários para os planos de expansão? • Quais são as projeções de fluxo de caixa, receita, custos e despesas, incluindo impostos, para os próximos cinco anos? 
• Qual será o preço do produto ou serviço? Conseguirei aliar lucro e competitividade?
6 - Produção • Como será o processo produtivo? • Quais são suas vantagens em relação à concorrência? • Quais serão os possíveis gargalos da produção? • Qual será a tecnologia envolvida? 



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