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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Entrevista - O Futuro da mobilidade muito além dos Tablets.


Pesquisador do MIT estuda novas tecnologias e mobilidade digital e crê que a maneira como nos comunicamos e consumimos informação vai mudar, mais uma vez.


São Paulo – Tecnologias digitais móveis revolucionaram a maneira como os humanos se relacionam e impactaram também diretamente na maneira como se consome e se produz informação e conhecimento. E este é justamente o campo de estudo do cientista social e pesquisador Federico Casalegno.

Diretor do Mobile Experience Lab, laboratório que pertence ao gabaritado MIT (Massachusetts Institute of Technology), o foco da pesquisa de Casalegno é entender e investigar como desenvolver novas tecnologias e aparelhos que turbinem o nível de conectividade entre as pessoas, lugares e informação. “Ao estudar a conectividade entre estes três pontos é possível pensar em novas tecnologias digitais que melhorem a experiência social das pessoas. Temos uma abordagem humana, ou seja, procuramos entender como usamos a tecnologia e quais as necessidades reais”, explica.
O pesquisador esteve no Brasil para uma série de palestras sobre mobilidade e também para consolidar uma parceira entre o MIT e a agência de publicidade brasileira AG2 Publicis. Segundo ele, o objetivo da parceria é explorar ao máximo as possibilidades que a tecnologia pode apresentar e pensar “fora da caixa” a respeito do futuro da comunicação digital.
Casalegno concedeu entrevista à EXAME.com sobre conectividade, mobilidade e que considera que o papel das novas tecnologias é servir de plataforma para um velho e conhecido hábito de todo ser humano, se comunicar.
EXAME.com – Seu laboratório se propõe a reinventar e desenvolver novas maneiras de conectar pessoas, informações e lugares, da maneira mais criativa possível. Há exemplos prático de como isso é feito?
Casalegno – Há alguns anos desenvolvemos um ponto de ônibus conectado, que oferecia informações como trânsito, clima e em quanto tempo próximo ônibus chegaria. E, para tanto, tivemos de pensar em ferramentas que enriquecessem o ponto de ônibus. Pensamos então em serviços baseados em localização geográfica, redes sociais, tendo em mente como as pessoas tem acesso e compartilham as informações, além de como representa-las visualmente.
A ascensão dos tablets é o mais recente capítulo da revolução digital. É possível prever qual é a próxima etapa?
Casalegno – Sabemos que no futuro haverá a possibilidade de inserir eletrônicos e informação digital em qualquer objeto, o que chamamos de “internet das coisas”. Estima-se que, até 2015, tablets e smartphones serão mais vendidos que computadores. Juntando a ampla adoção da “portabilidade” à ideia de que será possível inserir componentes eletrônicos em ambientes e objetos, temos um próximo passo interessante.
Quer dizer que a maneira como as pessoas interagem com informação vai mudar?
Casalegno - Definitivamente, vai mudar. Atualmente, você recebe informações do tablet, mas não acho que exploramos ainda todas as possibilidades que a plataforma pode oferecer. Nós estamos tentando entender como é a experiência dos indivíduos ao lidar com informação e conhecimento. A partir daí é possível pensar em tecnologias digitais que estejam alinhadas as expectativas e necessidades das pessoas.
Como vê o futuro da interação social?
Casalegno – Não sei como será o futuro, mas sei que humanos se comunicam desde o começo dos tempos. Novas tecnologias tem o papel de suporte para um velho hábito nosso, são os meios que sustentam essa dinâmica.

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